sexta-feira, 14 de junho de 2013

Milton Lourenço da Silva

Olá, pessoal:                                                                                                                                   Eu havia prometido no curso presencial apresentar esse texto que gostei muito e abre horizontes para continuação da escrita.
                                                 A saída      
João Anzalano Carrascoza
Aconteceu às quatro da tarde, em plena luz do dia. O menino estava lá, espichado como um gato, na rede em seu quarto. Caderno e lápis na mão, balançando suavemente, estava inventando uma história, quando viu pela janela o diabo pulando o portão de sua casa.
Estremeceu. Seus pais haviam saído para fazer compras e sua irmã ainda não voltara da escola.
O diabo veio caminhando pelo jardim, em direção à porta, pisoteando as margaridas que se insinuavam ao vento. Na hora o menino pensou que o diabo, com seus poderes demoníacos, ia atravessar as paredes, mas ele simplesmente deu um sopro diabólico e seu bafo insuportável derreteu a porta instantaneamente. Depois, ao chegar ao quarto e ver o menino apavorado na rede, deu um sorrisinho perverso e, exalando seu mau cheiro infernal, disse, diabolicamente:
_ Vim te pegar, garoto. Vou te levar pro inferno.
Mas aí, inesperadamente, o menino perdeu o medo. Espichou-se então pela rede, todo belo e formoso, sem dar a mínima pro diabo.
_ Você não pode me pegar _ o menino disse.
_ Posso _ rugiu o diabo, avançando com sua cara de mau.
O menino retrucou:                          
_ Não pode!
O diabo ficou mais endiabrado ainda e esbravejou:
_ Por que não?
_ Porque eu posso para de escrever _ disse o menino.

E parou.

domingo, 9 de junho de 2013

Marizeth Faria dos Santos

"O ato de ler não se esgota na simples decifração de códigos, mas, ao contrário, inicia-se com esse fenômeno e alcança múltiplas dimensões de significado. E diversos são os fatores que determinam tal significação, já que é o sujeito-leitor, considerando a sua historicidade, o seu imaginário e as circunstâncias de enunciação, quem irá significar o texto. Toda leitura apresenta-se como uma estrutura possível, aberta às inúmeras possibilidades de atribuição de sentidos. Isso revela a complexidade do ato de ler, distanciando-o das caracterizações reducionistas."

sábado, 8 de junho de 2013

Situação de Aprendizagem

Situação de Aprendizagem
Texto: “Pausa” – Autor: Moacyr Scliar

Público alvo: 8ª série/9º ano

Professora: Raquel
Tempo previsto: 4 aulas.
Objetivo: que o aluno reconheça a tipologia narrativa, com ênfase em conto; explorar, desenvolver e ampliar capacidades de leitura e checar hipóteses.
Conteúdos e temas: Elementos da narrativa: personagem, tempo e espaço; vocabulário e expressões; descrições de lugares, física e psicológica; enredo e foco narrativo; discurso direto; características do gênero.
Competências e habilidades: inferir e reconhecer elementos da narrativa, e levantar hipóteses; identificar características do gênero; Inferir o assunto do texto; desenvolver competência leitora e escritora.
Estratégias de ensino: trabalho em duplas ou em grupos; leitura compartilhada; análise e comparação do conto em diferentes mídias, fazendo intervenções por meio de  estratégias de leitura.
Recursos: dicionários, internet, áudio e vídeo.
Percepção de intertextualidade:
  • Comparação do texto “ Pausa” com trechos do filme “Click”, que levem a reflexão das atitudes e comportamentos do personagem principal do conto e do filme;
  •  Criar uma Charge que mostre a importância da pausa na rotina dos personagens.
 Avaliação: processual (registro de participação dos alunos); produção escrita.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

PERFIL


RAQUEL REIS DA SILVA 
Santo André-SP 


Sou professora de Inglês, Espanhol e Português, na rede pública 
de ensino, do Governo do Estado de São Paulo, desde 1996, 
graduada em Letras e Pós-Graduada em Psicopedagogia.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Apresentação Marineide Molina

Olá!

Sou Marineide Molina, profesora de Língua Portuguesa na rede Estadual de São Paulo. Leciono desde 1997, realizando um sonho de menina, uma vez que, desde minha infância, a vontade de ensinar se instalou em mim, e aumentou ainda mais quando percebi que a arte de ensinar é um contínuo processo de aprendizagem. Atualmente trabalho na sala de leitura, desenvolvo projetos pedagógicos, sempre com o foco de incentivar em nossos educandos o prazer da leitura e da crítica - de livros e da vida.

O lema de minha sina é inspirado na sabedoria do grande mestre Paulo Freire:

"Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes."
Paulo Freire





quarta-feira, 5 de junho de 2013

" Olhando para trás e andando para frente,tropeçando de vez em quando ,inventando moda.É que eu também sou inventora,inventando todo dia um jeito novo de viver..."


Bisa Bia,Bisa Bel (Ana Maria Machado)

" O difícil em minha personalidade é que zombo de mim e me xingo muito mais do que qualquer outra pessoa; se mamãe acrescentar um conselho, a pilha de sermões se torna tão grande que tenho medo de jamais conseguir ultrapassá-los ... "



     O diário de Anne Frank        
           


" Porque o medo mata tudo, a razão, o coração e até mesmo a fantasia "

Coração de tinta (Cornelia Funke)


O adolescente

A vida é tão bela que chega a dar medo. 

Não o medo que paralisa e gela,
estátua súbita,
mas

esse medo fascinante e fremente de curiosidade que faz
o jovem felino seguir para a frente farejando o vento
ao sair, a primeira vez, da gruta.

Medo que ofusca: luz!

Cumplicemente,
as folhas contam-te um segredo
velho como o mundo:

Adolescente, olha! A vida é nova...
A vida é nova e anda nua
- vestida apenas com o teu desejo!

Mario Quintana

Depoimento de Leitura e Escrita

Leitura e escrita


PERICLES MARTINS RIBEIRO                                                                                              
1.   A própria escolarização acaba por ser responsável em despertar nos alunos a consciência do peso social que o fracasso tem. Como na realidade, fracassar faz parte do processo de aprendizagem e da vida, é essencial que se ensinem aos alunos estratégias para lidarem com o fracasso de forma construtiva.


A dedicação, faz parte de você querer saber, aprender e entender. Estava lembrando quando estudava no 6º ano, que a professora de Língua Portugesa Claudia, passava textos e fazia leitura silenciosa para classe quando todos lia e compartilhava, mesmo tendo algumas dificuldades o interesse era maior! Meus Pais, tinha seus compromissos na empresa, eu tinha obrigação de aprender.   

                                                                                             
MARIA JOSE ROSSI                                                                                                                          
2.  Minha experiência no aprender:                                                   
Sendo neta e filha de nordestinos com pouco conhecimento de leitura, mas sábios no viver. Meus avós gostavam de contar histórias ou  "causos" como diziam. Meus pais tinham apenas o Ensino Fundamental I, mas sabiam se expressar muito bem, pois  vieram muito cedo para São Paulo e adquiriram a dicção do lugar. Eu só tinha conhecimento da pronuncia nordestina quando algum parente nos visitava. Em nossa casa não tinhamos livros a não ser a Bíblia e livrinhos de novena. 
Os contos e causos eram narrados à noite e isso ficou guardado, pois gosto de contar histórias e meus alunos gostam de ouvir.
Quanto a leitura tive acesso ao ingressar à escola, pois eu lia todas as histórias do livro antes mesmo do professor iniciar.
Aos dez anos mudei de casa e conheci uma menina de 9 anos que morava na frente, ela me mostrou seus livros, eu fiquei encantada com aqueles livros repletos de histórias e também eram ilustrados e coloridos. Tirei a vergonha de lado e pedi emprestado, pois não tinhamos costume de emprestar as coisas de pessoas fora da família. A história que mais me marcou foi a "Fada da Neve", e até hoje eu conto para os meus alunos.
Vivência: no início do ano começo a contar histórias, uma aula por semana, depois levo e leio livros de contos diversificados e peço que eles ilustrem o que entenderam. No segundo bimestre os levo à biblioteca, e procuro incentivá-los a pegar um livro, levamos na sala de aula e cada um le o seu. Aqueles que vão terminando primeiro a leitura pergunto se gostariam de contar a história ou representar para os colegas. Isso lhes anima muito, na qual outros querem também representar histórias já conhecidas como: Chapeuzinho Vermelho, Os três porquinhos e outras...
No terceiro e quarto bimestre levo livros do Pedro Bandeira, em que eles adoram e alguns alunos querem ler todos as obras deste autor, engajando-os para o mundo da leitura e dos sonhos.
Estas experiências são produtivas e trazem os alunos mais próximos de nós e a leitura também. A cada livro que leio faço comentários e eles querem ler  por curiosidade e assim como no meu início de minha vida eu empresto os meus, pois conhecimento não pode ser guardados nas estantes e sim nos sonhos de cada ser...


Marineide Molina Gonçalves 
3.  Colegas,                                                                                        
A leitura e a escrita sempre fizeram parte da minha vida!
Quando estava no antigo primário os recursos eram limitados, contudo sempre tive acesso a revistas, gibis e alguns livros da própria escola.
Lembro que lia e contava as histórias para meus irmãos. Eu gostava porque, além de sempre ter algo para contar, constantemente era procurada por eles! E quantas histórias eu contava!
Meu interesse era menor no que se refere a escrita, o que me fez ter a letra feia e difícil de entender. Até que um dia minha professora Dirce Dionizio me abraçou, pegou em minha mão e com enorme carinho percorreu mão sobre mão um parágrafo inteiro.
Nunca mais escrevi sem o capricho ensinado.
Já tive experiências similares em sala de aula, por várias vezes retribui o abraço e o empenho de 30 anos atrás.
Quem sabe um dia este abraço será retribuído e retribuído!                                                                                      

MILTON LOURENÇO DA SILVA
4. Viagem Literária                                                      
Minha principal experiência com leitura e escrita foi com a participação minha e de meus alunos num dos projetos proporcionados pela Nestlé “Viagens Literárias”. Nesse projeto, trabalhamos as obras São Bernardo, de Graciliano Ramos;  A madona de Cedro, de Antônio Callado, A Majestade do Xingu, de Moacir Scliar; entre outras. Após mergulharmos na leitura, decidimos criar um narrador capaz de navegar entre as personagens das diversas obras e esse narrador foi o grande desafio para a nossa produção. Enfim o texto que produzimos ficou muito legal e até desafiador para quem o lê, pois só através do conhecimento das várias obras lidas é que se pode perceber em qual delas o narrador está mergulhado em cada parágrafo do texto.

RAQUEL REIS DA SILVA
5. Olá colegas!                                                                
Meu gosto pela leitura também começou com a influência do meu pai. Ele sempre me contava histórinhas antes de dormir, e aos sabádos e domingos eu acordava cedo só pra ficar deitada ao lado dele e ouvir as histórinhas da Cinderela, da Branca de Neve, Mágico de Oz, entre outras. Às vezes, eu nao queria o mal da bruxa má, então meu pai me sugeria para mudar a história, ora eu  mudava o meio, ora o final.

Os anos foram passando e meu pai parou de me contar histórinhas, afinal eu já sabia todas, então começou a me presentear com gibis. Eu gostava muito da Turma da Mônica, da Turma da Luluzinha e da Turma Mickey.

Comecei a ler cedo, afinal, aos três anos de idade eu já ia para a escolinha.
Lembro-me também que, durante anos, a Volkswagen deu para os filhos de seus funcionários, no final de ano, um kit de presentes com um briquedo e um livro, e o livro que eu mais gostei foi Bisa Bia Bisa Bel, de Ana Maria Machado. 

Minha tia, também contribuiu para que eu gostasse de ler, houve uma época que ela fez a assinatura do catálogo Círculo do Livro, um catálogo que vendia livros com preços especiais, e então eu ganhei dela, a coleção de Monteiro Lobato, maravilhoso presente, não acham?